26 outubro 2010

Crescer

Caramba! Está quase!

Chego àquele estado em que quando desejamos muito uma coisa durante muito tempo e depois ela se realiza... instala-se o pânico!

O dia de assinar a escritura da casa está próximo. E no meio do meu quarto onde vislumbro alguns vestígios da infância, penso que afinal cresci e está na altura de sair de baixo da asa da Galinha mãe e fazer-me à vida.

Sinto-me mulher, adulta com voz e com garra para atingir o que quero, mas hoje ainda com o pijama vestido e nos restos das palermices da infância, sinto um frio na barriga e um certo medo de crescer.

Mas acho que assusta a toda a gente...

23 outubro 2010

O (des)amor


A minha galinha anda fraca e mal apreciada.
Está mal de amores e não consegue perceber como é que ainda há quem se apaixone neste mundo vil e desinteressado.

Invejo as galinhas que se gabam de andar com os seus mais-que-tudo galos, e são sempre super apaixonados para fazer inveja a quem os vê. Raios! Apetece-me fazer um belo caldinho com eles e encher o bucho por vingança (muahahahaha).

Só encontro pintos com medo de crescer e de se comprometer com alguém... o síndrome do Peter Pan ou a velha história de que têm feridas abertas. Que se lixem as feridas! Quem é que quando é pequeno não faz as suas tropelias e se fartou de cair para depois de levantar?

Hoje conheci uma pessoa muito curiosa neste mundo virtual que me disse umas coisas bem sábias. Vou acreditar nele e acreditar que com o tempo as pessoas amadurecem e crescem de certa forma.

Deixo aqui a esperança de que depressa eu também cresça e deixe de invejar a galinha da vizinha.

23 agosto 2010

vida nova

Em breve serei Eu!

Apenas Eu!

Sentir que tenho uma vida própria, uma vida minha. Ser autora das minhas escolhas.
Em breve terei a minha própria casa, as minhas dores de cabeça, as minhas contas por pagar, mas serei EU!

chega ao fim uma era em que somos de alguém e que obedecemos a alguém.

Em breve serei a Vizinha de alguém e as aventuras começarão.
Estou ansiosa... até lá... OBRAS!!

20 março 2010

algures no meio do nada


Pés descalços, Agosto... cheiro do feno no ar, deitada na terra quente aquecida pelo sol... era um tudo no meio do nada.
Do nada me vem à memória o cheio do feno e do calor no final do dia que me abraça e dá vontade de ficar ali... sem pensar em mais nada, vendo apenas o Sol a esconder-se atrás da serra enquanto o céu muda de cor e dá lugar à noite.
Saudades de contemplar a Ursa Maior na sua plenitude, majestosa!

Gosto destes pequenos nadas.
Sinto-me perdida no meio de um tudo em que nada encontro, nem o céu nem a terra. Sou obrigada a calçar as botas para não tocar a terra artificial da cidade, suja e fria.

Deveríamos todos ter um bocadinho de terra para pisar e um terraço para contemplar o céu... e respirar... respirar com a sensação de que somos livres do mundo e de nós mesmos.

Hoje quero parar algures no meio do nada e ficar ali... sem pensar em nada e ter tudo!

Boa noite...

Superstição ou não

Será mito ou verdade?

Devemos guardar segredo do que nos acontece de bom para não criar o chamado "mau olhado"? Sempre que me acontece uma coisa boa (ou aparentemente boa) assim que partilho com alguém algo muda.

Devemos ou não acreditar nisto? Falam-me de boas e más energias e que basta uma pequena inveja por muito inocente que seja para agoirar o momento.

A maldita da galinha é sempre cobiçada por alguém...